quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Como Marina Silva perdeu seu poder politico (ou A NOVA política de Marina Silva)

Postagem do Blog "Viagem da Madrugada" no dia 17 de outubro de 2010.
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Saindo como um dos destaques do primeiro turno das eleições 2010, Marina Silva, detentora de quase 20 milhões de votos, hoje, dia 17 de outubro optou por manter a neutralidade no segundo turno entre Serra e Dilma. Com essa decisão deixou seu partido e eleitores decidirem quem vão apoiar.


Apesar de sua intenção ser a de mostrar a insatisfação com que está ocorrendo, pode ela estar jogando fora toda sua chance para o pleito de 2014. A política é um jogo de alianças, digo mais, é um jogo de correntes, formado por várias alianças, sendo que sem essa corrente não se consegue governabilidade. Como dito na Revista Veja do dia 13 de outubro, Marina se sentiu, como o é, mais forte que o PV. Seu partido trata-se de um partido minúsculo, sem grande expressividade nacional.

Tanto Fernando Henrique como Lula, só conseguiram governar pois tinham ao seu lado o Congresso, que fazia com que suas vontades fossem aceitas e efetivamente concretizadas. Como dito anteriormente, a base do PV na Câmara é minima e no Senado é nula, sendo assim para que suas decisões fossem aceitas ela teria que acabar se entregando a verdadeira política, seja entregando Ministérios, doando cargos de influência.

Sua decisão seria mais sensata seria arriscar e fazer o alea jacta est (os dados estão lançados), e escolher um dos lados, para que assim conseguisse como forma de retribuição um apoio em seu possível governo. Dizem os boatos que se dado o apoio ao candidato tucano, o PV garantiria quatro Ministérios. Apesar de já bem loteado, no governo petista ela também conseguiria grande força ao seu partido, volto a frizar, que hoje é inexpressivo.


Caso Dilma vença, como tem o Congresso para si, muito provavelmente fará um governo estável e o sucessor natural para 2014 será o próprio Presidente Lula. Caso José Serra vença, o PMDB tende a aliar-se ao governo e também levará um governo tranquilo e as chances de uma reeleição de José Serra ou mesmo a sucessão de Aécio Neves ficaria evidente.


Ela virá, obviamente como forte candidata ao próximo jogo presidencial, mas sem o poder de articulação que necessita. Seus votos, foram na maioria de pessoas não ligadas a grupos, partidos, instituições, são aqueles votos avulsos, que num cenário REAL, não conseguiriam fazer ninguém o chefe de estado máximo do país. Seu novo jeito de fazer política é o famoso "Não Fazer Política", prova disso é que nem no Acre, estado pelo qual foi eleita Senadora, ela conseguiu a dianteira de votos na eleição. O porque? Pois ela não tinha um apoio partidário e nem de lideranças forte para que a fizesse ser a mais votada.


Aprende ela a fazer a velha (e suja, infelizmente) política ou poderá voltar a concorrer ao seu cargo de Senadora, sendo que, solitariamente pelo PV, nem isso conseguirá.

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